terça-feira, 29 de outubro de 2013

3 ANOS DE SAUDADE

"Deixa morrer o que a morte já sepultou
Deixa viver o que dela ressuscitou
Não queiras ter o que ainda não pode ser
É possível crescer nesta hora
Mesmo quando o que amamos foi embora
A saudade eterniza a presença de quem se foi
Com o tempo esta dor se aquieta
Se transforma em silencio que espera
Pelos braços da vida um dia reencontrar."
 

 
 
Mais um dia 30/10 se aproxima e, mesmo com as tristes lembranças deste dia fatídico, estaremos nos reunindo para rezar na intenção do Renato, Pedro, Leandro e Carlos. 
É um dia, onde, inevitavelmente, as tristes lembranças reaparecem. Mas com união e apoio de cada um, estaremos juntos mentalizando todas as nossas energias de paz, harmonia e amor para os quatro. 
Onde quer que estejam, sei que um dia ainda iremos nos encontrar.

A missa celebrada em Lagoa Formosa/MG, foi realizada neste domingo passado (27/10).

A missa marcada pela família do Renato, será na Paróquia Nossa Senhora de Fátima (906 sul - Brasília/DF).
Dia: 30/10 (quarta-feira)
Horário: 19h30
 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Dois anos

Sem muito a dizer. 
Data que machuca, lembranças que vêm à tona e tortura!

Amanhã será celebrada a missa de dois anos na 906 sul, Santuário de Fátima, às 19h30.
Iremos todos nos reunir e rezar por vocês: Renato, Carlos, Pedro e Leandro.

A vida, infelizmente, não pára para que consertemos nossos corações!
Saudade de tudo...

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Trago de "solidão"




"Amor, se você não olhar por mim, fico pior.
Me levando sol, me deixando só...
E a cabeça que roda, e a tontura que é foda!
Posso cair sem o teu amor, sem você aqui...

O melhor que você faz é não chorar por mim, não chorar por ninguém
Não somos imortais! Mas eu te quero feliz.
Só te quero feliz!

Baby, me traz a paixão, só mais um trago de ilusão...
Baby, eu amo te ter, o que eu perdi, vejo em você!
Vontade de dizer... De viver!"

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

"Olhar o luto"

Quero compartilhar um texto sobre o luto, que encontrei, por acaso, em um blog. 
O blog é: OFICINA DE PSICOLOGIA.

Deixarei o texto aqui registrado para todos que passam por esse processo longo e doloroso. 
Cada um tem a sua forma e o seu tempo de passar por essa fase.
Eu ainda me sinto um pouco perdida, "desorganizada". Mas, acredito que, com o tempo tudo irá se organizar novamente... Minha vida irá passar a caminhar normalmente como antes, mesmo que a ferida esteja sempre ali, pronta para ser aberta a cada lembrança, a cada cheiro familiar, a cada sonho...
Porém, acredito e confio no tempo.


"(...) A maneira como enfrentamos a morte e o luto é influenciada pela sociedade em que vivemos, pela religião e cultura, assim como pelas nossas percepções pessoais. Todos vivemos separações e perdas mas o luto é um processo pessoal de cada um, tendo em conta a importância da pessoa que se perde, a maneira como olhamos e lidamos com essa perda e o modo como nos adaptamos a essa ausência. O luto é visto como um conjunto de reações diante de uma perda significativa que provocará alterações na vida da pessoa, como na atividade do quotidiano, na segurança, no contato, na percepção do futuro, no relacionamento com os outros. O processo de luto prolonga-se no tempo, é individual, mesmo quando se trata de uma perda em contexto familiar, e implica reajustar a vida. Pode desenvolver-se de uma maneira normal ou patológica (por exemplo, quando o luto é negado durante muito tempo). Se o processo for normal, este toma o seu próprio ritmo, evoluindo naturalmente, com uma duração aproximada de seis meses a um ano. As reações passam pela falta de vontade para viver o dia-a-dia, grande desinteresse pelo mundo exterior, sentimento de incapacidade de voltar a amar de novo, dificuldade em desenvolver toda e qualquer atividade que não esteja associada à memória de quem se perdeu. Os sentimentos são diversos e podem passar pela tristeza profunda, angústia, descrença, raiva, sentimento de culpa, depressão, ansiedade, recriminação, fadiga mental, confusão, a sensação que a pessoa que se perdeu continua presente, entre outros.

O luto passa por um ciclo que se divide em três fases complexas, que nem sempre são evidentes: a Fase da Crise, a Fase da Desorganização e a Fase da Organização.
Na primeira fase a pessoa tenta processar o choque da notícia, que vai depender da morte ter sido esperada ou súbita. As expressões emocionais podem ser intensas e por vezes inclui-se uma negação emocional, rejeitando o que é dito. Os sentimentos passam por insegurança, desejo de vingança, raiva, culpa. Na segunda fase, é se invadido por um sentimento de vazio e desorientação, como que se a vida perdesse o sentido. Aqui manifesta-se o desespero, a inquietação, as insônias, as preocupações e a saudade do outro.  Na terceira fase, começa-se a processar a aceitação da perda definitiva e o equilíbrio físico e psicológico começa a surgir. O recordar já não é doloroso, a pessoa perdida é incluída na nossa memória e história de vida e a perda ultrapassada.

O luto pode ser muito doloroso e apresenta uma série de mudanças psicológicas e psicossociais, alterando os comportamentos e padrões normais de funcionamento. Se sentir que este é um processo difícil de superar sozinho ou a situação que enfrenta é mais complexa do aqui relatada, então peça um aconselhamento especializado e partilhe a sua dor e preocupações. Poderá sair deste processo com uma maior confiança em si e uma maior aptidão para lidar com novas situações de luto."

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

1 ano sem Ronnildos...

Sabemos que faz muito tempo desde que completou um ano do acidente. Já estamos quase fazendo dois anos!
Enfim, só agora encontrei o vídeo da homenagem que foi feita ao Carlos, Pedro e o Leandro. E quero deixá-la registrada aqui...

Linda homenagem, lindas mensagens, lindas músicas... Chorei muito vendo. E deixo aqui minhas palavras de saudades, àqueles que tive um grande prazer em conhecer no dia que cantaram e tocaram pela última vez. 

Que Deus dê paz a todos os pais, familiares e amigos de vocês, Ronnildos.



quarta-feira, 27 de junho de 2012

Traumas...


"O olhar reflete o trauma que a alma traz."

Quando eu tinha uns seis ou sete anos de idade, numa tarde em casa, pedi minha mãe dinheiro pra comprar bala, chiclete, pirulito... na venda da esquina. Era tão nova, e lembro perfeitamente do dia. Ela colocou um monte de moedinhas numa bolsinha preta, e pendurou na gola da minha camisetinha. A vendinha ficava ao lado da minha casa, e o dono era pai da minha babá, então era conhecido, de confiança e eu sempre ia lá durante o dia. Nesse dia, durante o caminho, um “doido” veio em minha direção, (lembro direitinho do rosto dele de “mal”), puxou com toda força a bolsinha e me chutou. Em seguida, correu... Ele era jovem também, de uns 15 ou 16 anos, e minha mãe conhecia a mãe dele, e inclusive a ajudava dando coisa de comer e beber quando ela ia a minha casa pedir. Enfim... Estou contando essa história para explicar um grande trauma na minha vida. Hoje, não consigo ficar muito tempo em algum lugar sozinha, vendo gente “estranha” passar, que já começo a ficar sufocada! Como pego ônibus aqui em Brasília, fico muito tempo em paradas, e todos sabemos como é grande o fluxo de homens bêbados, drogados, ou “doidos” que andam pelas ruas... Isso me causa um total descontrole interno. Se eu vejo um homem se aproximando começo a rezar, fico louca!!! Tenho um medo absurdo... E isso, se dá ao que chamamos de trauma.
“Os traumas adquiridos na infância são os mais difíceis de serem solucionados, por permanecerem no plano subconsciente ou inconsciente. Na fase adulta, a pessoa adapta a sua conduta ou comportamento ao trauma do passado.” (Dra Mariagrazia Marini Luwisch).
Todos nós estamos propensos a passar por algum tipo de trauma, visto que, estes, acontecem a qualquer momento de nossa vida. Eu, particularmente, me lembro de vários acontecimentos na minha infância, que refletem perfeitamente no modo como levo a vida hoje em dia...
O acontecido, que resultou neste blog, foi o pior trauma que tive na vida. Hoje vivo todos os dias “a mil”. Afetou em várias partes do meu psicológico. 
Hoje em dia, não gosto mais de dormir com meu celular pra tocar ou vibrar, coloco no silencioso, para não ser acordada durante a noite ou pela manhã. Não suporto ouvir um celular tocando de manhã! (Foi assim que recebi a notícia no dia 30/10/2010). Aqui em casa, acionamos o alarme toda noite, e de vez em quando meu irmão mais novo se esquece de desligá-lo quando acorda (é o primeiro a acordar, por volta de 6h15 mais ou menos). Duas vezes já, ele se esqueceu de desligar. Foi sair, e o alarme disparou. Eu acordei tão assustada, comecei a me desesperar. Cobri o rosto com o cobertor, feito uma criança com medo de "monstro", fiquei ali tremendo, nervosa, até o barulho parar... E não consegui mais dormir... Aliás, não fiquei sossegada até ir à faculdade e perguntar o meu irmão mais velho o que havia acontecido, e quem havia desligado... Enfim... Ele explicou, e me acalmei. Outro dia, meu irmão mais novo se atrasou, e o motorista da van que busca ele, ligou no telefone de casa às 6h15!!! Quando eu escutei esse telefone tocar, me veio na cabeça: “alguém morreu”, “alguém sofreu acidente”, “alguma coisa muito ruim aconteceu”... 
Não tem lógica o que é sentir medo de receber uma notícia ruim! Uma das piores sensações que existem. Sem contar o que sinto também quando ligo pra alguém, mando mensagens, e esse não responde (isso quando sei que a pessoa saiu de carro, ou está em algum lugar perigoso, ou em qualquer situação que me deixe cismada), fico louca! E já vêm mil pensamentos de notícias ruins na mente... E isso é doentio, horrível de sentir...
Estou contando esses casos, dentre outros tantos que aconteceram depois do fatídico dia, e vem acontecendo vez ou outra... Isso são consequências de “traumas”. Mais precisamente, do trauma que sofri no dia 30 de outubro de 2010.
“Os traumas psíquicos podem ter consequências nas várias etapas da existência humana. Um trauma psicológico é algo que não deixa marcas físicas expostas no corpo ou que podem ser vistas através de algum exame, porém, suas consequências podem tomar dimensões significativas, prejudicando não só a infância, como a adolescência e a vida adulta do sujeito.” (Dra Joselaine de Fátima G. Garcia).
Precisamos procurar conversar com profissionais que nos ajude a amenizar a ansiedade, o “descontrole” emocional, e a aprender a equilibrar esses medos. Seja com orações, ou qualquer maneira que você se sinta protegido e seguro...
Viver com a dor da saudade já é terrível. Ainda ter de suportar a viver com MEDO da vida, é angustiante...
Gostaria que, quem puder, deixe nos comentários algum trauma sofrido durante a vida. Além de ser uma forma de desabafar, é também um meio de dividirmos essas dolorosas experiências... Também indico a quem sofre com esse transtorno, que pesquise na internet sobre o assunto, ou procure um profissional que o ajude a esclarecer melhor.
Obrigada a todos...

sábado, 5 de maio de 2012

Salmo 30 - "Novo sentido para a vida"


Faz mais de um mês que não publico aqui, e, isso devido aos fatos que vêm acontecendo em minha vida... Tenho andado em constante oração, e em meio a muitos pensamentos sobre o que fazer 'de agora em diante'. Tenho buscado muito por um propósito na vida, e focado muito em ser feliz! Tenho tentando me conhecer mais, procurar do que ainda gosto e o que pode 'também' me fazer seguir adiante. Muitos têm a resposta fácil na mente: a família, os amigos, e todas as pessoas que nos querem bem. Mas, não é bem assim. Tenho apenas 19 anos, sou jovem, inexperiente, e nunca pensei que tivesse de enfrentar alguma situação como reinventar a vida e continuar... Muitos outros jovens passam por isso, muitos pais, filhos, etc... E, cada um sabe dos desafios que precisam passar. Então, estou buscando a minha nova realidade diante da vida. Muitas vezes penso: porque não posso ser como todas as outras meninas da minha idade?!... Mas, isso são alguns conflitos que posso falar em outra postagem... Tive várias provas de que Deus está comigo a todo momento, me ouvindo, me aconselhando, me protegendo! Ele nunca me deixou! Mesmo quando eu quis desistir, quando não quis ouvi-lo! Ele não desistiu... E está a todo tempo me mostrando que, realmente, a vida continua... E dessa vida, ainda posso tirar muitas coisas como lição e ainda ter motivos para sorrir!




Bom, o motivo real dessa postagem, é testemunhar um fato muito singelo e grandioso que aconteceu comigo há uma semana.Há mais de um mês, minha família estava programando uma viagem à Lagoa Formosa, para uma festa que tem na cidade. Essa festa é tradicional, e sempre fui desde pequena. Minha avó sempre gostou muito dessa festa, em especial. A última vez que eu fui, foi em 2009 com o Renato. Foi uma das primeiras vezes que ele foi à Lagoa. Foi uma viagem inesquecível. Ele estava com o pé quebrado, e mesmo assim, isso não o impediu de se divertir e, como sempre, deixar essa como uma das suas viagens mais marcantes, devido também a companhia do nosso amigo "Tupete"(Wilson). Ano passado, minha avó foi apenas alguns dias, pelo motivo do meu avô estar muito doente(ela não gostava de sair e deixá-lo sozinho). Enfim, esse ano, estávamos programando a ida pra essa festa. E, por dentro eu queria ir sim! Queria reviver de novo os tantos sorrisos e histórias que já tive lá. Mas, ao mesmo tempo, uma sombra percorria meu coração. Voltar lá(apenas) pra uma festa! E ainda sem o meu avô estar em casa...No início da semana anterior a viagem, eu comecei uma corrente de oração. Acendi uma vela todos os dias da semana para Nossa Senhora de Fátima, e rezei de joelhos pedindo à Deus misericórdia, força e amparo... Pedi com muita emoção e fé, que todos os maus pensamentos se afastassem de mim e que novamente eu conseguisse voltar a sorrir naquela cidade... No último dia da corrente, no final da oração, fui fazer o que de costume sempre faço: escolher aleatoriamente um Salmo. E então, escolhi o Salmo 30. E, quero deixar registrado aqui o salmo, e o que ele significou prá mim, cada um de vocês irão perceber:


"Eu te exalto, Javé, porque me livraste,
não deixaste que os inimigos se rissem de mim.
Javé, meu Deus, eu gritei para ti,
e tu me curaste.
Javé, tiraste do túmulo a minha vida,
fizeste-me reviver dentre os que baixam à cova.
Toquem para Javé, fiéis seus,
celebrem sua memória sagrada.
Sua ira dura um momento,
e seu favor pela vida inteira.
Pela tarde vem o pranto,
e pela manhã, gritos de alegria.
Quanto a mim, eu dizia tranquilo:
"Nunca serei abalado!"
Javé, o teu favor me assegurava
honra e poder,
mas escondeste a tua face,
e eu fiquei abalado.
Para ti, Javé, eu gritei,
ao meu Deus eu supliquei:
O que ganhas com minha morte,
com minha descida à cova?
Acaso te louva o pó,
ou proclama tua fidelidade?
Javé, escuta-me, e tem piedade de mim!
"Sê meu socorro, Javé!"
Transformaste o meu luto em dança,
e minha roupa de luto em roupa de festa.
Por isso, o meu ser canta para Ti, e jamais se calará.
Javé, meu Deus, eu te louvarei para sempre."