terça-feira, 1 de novembro de 2011

Dia de finados


"O Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca."

Quero dizer que, hoje especialmente, não estou muito concentrada em escrever o que venho pensando ultimamente... As lembranças de 1 ano atrás, invadiram meus pensamentos... Às vezes me sinto presa em mim mesma, sem conseguir expôr (mais do que faço) minhas ideias. Hoje não é um bom dia. Aliás, essa não é uma boa semana... Só quero dizer que o poema que deixarei abaixo, irá falar por mim neste momento...

O NASCER PARA O ALÉM...
Há quem morra todos os dias.
Morre no orgulho, na ignorância, na fraqueza.
Morre um dia, mas nasce outro.
Morre a semente, mas nasce a flor.
Morre o homem para o mundo, mas nasce para Deus.
Assim, em toda morte, deve haver uma nova vida.
Esta é a esperança do ser humano que crê em Deus.
Triste é ver gente morrendo por antecipação...
De desgosto, de tristeza, de solidão.
Pessoas fumando, bebendo, acabando com a vida.
Essa gente empurrando a vida.
Gritando, perdendo-se.
Gente que vai morrendo um pouco, a cada dia que passa.
E a lembrança de nossos mortos, despertando, em nós, o desejo de abraçá-los outra vez.
Essa vontade de rasgar o infinito para descobri-los.
De retroceder no tempo e segurar a vida.
Ausência: - porque não há formas para se tocar.
Presença: - porque se pode sentir.
Essa lágrima cristalizada, distante e intocável.
Essa saudade machucando o coração.
Esse infinito rolando sobre a nossa pequenez.
Esse céu azul e misterioso.
Ah! Aqueles que já partiram!
Aqueles que viveram entre nós.
Que encheram de sorrisos e de paz a nossa vida.
Foram para o além deixando este vazio inconsolável.
Que a gente, às vezes, disfarça para esquecer.
Deles guardamos até os mais simples gestos.
Sentimos, quando mergulhados em oração, o ruído de seus passos e o som de suas vozes.
A lembrança dos dias alegres.
Daquela mão nos amparando.
Daquela lágrima que vimos correr.
Da vontade de ficar quando era hora de partir.
Essa vontade de rever aquele rosto.
Esse arrependimento de não ter dado maiores alegrias.
Essa prece que diz tudo.
Esse soluço que morre na garganta...
E... Há tanta gente morrendo a cada dia, sem partir.
Esta saudade do tamanho do infinito caindo sobre nós.
Esta lembrança dos que já foram para a eternidade.
Meu Deus!
Que ausência tão cheia de presença!
Que morte tão cheia de esperança e de vida!" Texto: Padre Juca - Adaptação: Sandra Zilio

3 comentários:

  1. Oi Maria Paula.

    Encontrei o blog de vocês, hoje, através de uma matéria no Correio Braziliense (que eu li porque também falava sobre a história do meu amigo Woltony). Estou lendo tudo, aos pouquinhos, para me familiarizar com a hitória de vocês...

    Também tenho um blog que fiz por razões "parecidas": meu marido morreu, num acidente de transito, quando socorria pessoas de um 1o acidente - e eu fiquei, com duas crianças pequenininhas. Então, decidi escrever porque os meus filhos não iriam se lembrar do pai por "eles mesmos" e eu queria que eles lembrassem. No começo, foi muito difícil, mas, depois, a gente percebe que pode ajudar outros, na mesma situação... a gente percebe que alivia a nossa dor... a gente percebe que compartilhar alegrias as torna maiores e dividir tristezas as torna menores. E eu continuei.

    Se quiserem aparecer no "Diário", ficaremos muito felizes.

    Bjos e bençãos.
    Mirys
    www.diariodos3mosqueteiros.blogspot.com

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  2. Força Maria Paula!Deus sempre guarda o melhor para todos nós!

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