domingo, 13 de março de 2011

Mensagem do amigo Carlos Eduardo

Essa mensagem é de um amigo muito especial para o Renato, que foi o Carlos... Conheceu e viveu pouco tempo com o Renato, mas souberam aproveitar os curtos momentos que tiveram!
Mensagem do Carlos: Estávamos eu e um amigo procurando um lugar pra assistir o jogo. Corinthians e São Paulo, aquele clássico. Eu Corinthiano, e ele São Paulino. 6 Horas da tarde era o horário do jogo... 6h20 no bar do Lúcio Costa e nada de começar o jogo porque o dono do bar não tinha chegado, e só ele sabia a senha da televisão. Ao meu lado tinha um grupo de jovens (como se eu fosse o idoso kkkkkkk) tocando e cantando sertanejo universitário. Tocaram praticamente todas do Jorge e Matheus. Na época a dupla estava estourando aqui em Brasília... Só que faltou uma do Jorge e Matheus, e como eu sempre fui muito inturmante, e nada de Corinthians e São Paulo, perguntei: “Pessoal, posso tocar uma música que vocês não tocaram?” Na hora... “Claro, senta aí... Manda ver”
- “Tem um pedaço do meu peito bem colado ao teu...”
O pessoal pediu pra gente sentar com eles, tocar mais algumas, e olha que nem tinha mulher na nossa mesa... kkkkkkkkkkkkk... Mas eu tinha realmente que ir.
Não sei se foi força do destino, mas 1 semana depois, dessa vez eu que estava com o violão nas costas, em um bar da asa norte (PDS). Tinha um garoto que não parava de me olhar. Eu já tava começando a achar esquisito, quando eu dei uma olhada direito na mesa dele. Era aquela galera que tava naquele outro bar uma semana antes. “Eae cara, você tava naquele bar semana passada né?” De novo eles me mandaram sentar com eles, e dessa vez me juntei com aquele pessoal.
Eu nunca conheci ninguém, sem hipocrisia nenhuma, que fizesse uma segunda voz com tanta facilidade como esse rapaz, o Renato. A gente foi tocando e cantando, e o pessoal ia chegando pra cantar junto. Quando me deparei, o bar inteiro estava cantado com a gente... Aquele cara tinha um brilho indescritível. Só que deu a minha hora, e eu precisava ir... O Renatinho falou: “Não cara, fica aí que eu te deixo em casa depois...”. Eu nem havia falado onde morava, ele nem me conhecia direito... Então ta né?! É bom que dava pra tocar mais umas musiquinhas. Quando ele foi me deixar, passou em casa antes pra comer, afinal, a asa sul era caminho do Guará. E eu com ele. Até brinquei “Você é louco cara? E se eu fosse um maníaco? Um seqüestrador? Como você deixa eu entrar assim na sua casa sem nem me conhecer?” A resposta: “Que o que, você é violeiro. Violeiro é tudo gente boa...”
Troquei telefone com o Renatinho, e prometemos que íamos nos reunir mais vezes pra tocar um violão. 1 semana depois, ele me ligou chamando pra granja. “Pelo amor de Deus, Jorge e Matheus”. Por coincidência, eu não tinha com quem ir... Nenhum amigo meu tinha pilhado, então la vou eu de novo com o Renatinho e sua galera. Bebemos todas e mais algumas, foi muito bacana... E pra minha surpresa, na hora do “Tem um pedaço do meu peito bem colado ao teu...” Renatinho vira pra mim e fala: “Carlão, olha ae cara, foi nessa música aí que a gente se conheceu...” e juntou com o povo pra me levantar cantando “Ieeeee ieeeeeee... passa o dia passa a noite...”.
Foi muito rápido Renatinho. A gente deve ter se falado, e 1 mês depois aconteceu. E nesse pouco tempo pude dizer que você foi meu parceiro mesmo. Nem nos conhecíamos direito, e você já confiava tanto em mim, e vice versa. Você tem um coração de ouro, de verdade. Uma bondade tamanha que não consegui ver até hoje em ninguém. De vez em quando eu tento imitar um pouco sua segunda voz, mas não dá. Kkkkkkkkkkkk... Tenha certeza que você marcou, não só para as pessoas que te conheciam muito, como a sua família, seus amigos, sua namorada... Mas marcou também para as pessoas que não chegaram a te conhecer tanto. Afinal, por onde você passava, deixava esse brilho e encantava todo mundo com seu jeito. Obrigado por tudo Renatinho.
Abraços, Carlos.

2 comentários:

  1. Obrigado por postar Maria Paula... Saudades de tocar uma viola contigo Renatinho... Jorge e Matheus sem você vai se bem difícil... Abraços

    ResponderExcluir
  2. Carlão, nosso Renatinho era assim mesmo. Tinha uma facilidade incrível de fazer amigos. Ele era amigo de todo mundo: de rico, pobre, bonito, feio, homossexual, e tudo. Muito bondoso. Restaram saudades e lições de vida. Sou tia, comadre e tb admiradora do Renato. Obrigada por sua bela mensagem.

    ResponderExcluir